Para fechar bem o ano de 1922, mais um título do Brasil

Sete dias antes o Brasil havia conquistado dois títulos e em 29 de outubro de 1992, tinha a possibilidade de fechar o ano com chave de ouro ao enfrentar novamente o Paraguai – derrotado no dia 22 pelo Campeonato Sul Americano. Desta vez, porém, o confronto valia a Taça Rodrigues Alves.

Se o título em si não era lá tão importante, a conquista, com a vitória por 3 a 1, porém, mostrou o quanto tinha qualidade esta geração de craques brasileiros. Sem ser considerada ainda uma potência, o time tupiniquim, que repito, vencera sete dias antes dois títulos na mesma data e com times diferentes, se deu ao luxo, de praticamente montar um terceiro time.

Isso mesmo. Para a disputa da Taça Rodrigues Alves no campo da Floresta, a comissão técnica do Brasil se utilizou apenas de seis jogadores que haviam disputado qualquer um daqueles dois jogos e vencido os dois títulos anteriormente.

Do considerado time ‘A’ que vencera o Campeonato Sul Americano, ficaram o defensor Palamone, do Botafogo e o atacante Neco, do Corinthians. Do time ‘B’, que venceu a Copa Roca ante a Argentina vinham o goleiro Mesquita, da Portuguesa, o médio-esquerdo Nesi do São Cristovão, o ponta-direita Zezé do Fluminense e o atacante Gambarotta, do Corinthians.

O zagueiro Alexy, da Atlética das Palmeiras, o médio-direito Alfredinho, do Botafogo, o centro-médio Xingô, do Pelotas, o atacante Imparatinho e o ponta-esquerda Martinelli, ambos do Palestra Itália, completavam o misto brasileiro, que formava quase que um terceiro time, para uma terceira decisão, em sete dias.

Gambarotta, heroi da conquista Copa Roca, com dois gols, voltou a marcar. Porém, o grande nome do jogo foi o palestrino Imparatinho que marcou duas vezes. Rivas, maior artilheiro paraguaio em confrontos contra o Brasil, com quatro gols, marcou um deles nessa partida.

O time paraguaio derrotado nessa partida, ao contrário do brasileiro, tinha pouquíssimas alterações com relação ao jogo de uma semana atrás, no Rio de Janeiro. Destaque para o jogador e já treinador da sua seleção, Fleitas Solich, que mais tarde, como técnico, fez história no Flamengo, que comandou em diversas oportunidades entre as décadas de 50 e 70. Dirigiu a equipe carioca em 504 partidas e teve um aproveitamento de 66,14% de pontos.

Ficha técnica: Brasil 3 x 1 Paraguai

Brasil
Mesquita [Portuguesa]; Palamone [Botafogo] e Alexy [AA Palmeiras]; Alfredinho [Botafogo], Xingô [Pelotas] e Nesi [São Cristóvão]; Zezé I [Fluminense], Neco [Corinthians], Gambarotta [Corinthians], Imparatinho [Palestra Itália] e Martinelli [Palestra Itália].
Técnico: Comissão

Paraguai
Denis; Mena e Paredes; Mirandas, Fleitas Solich e Benitez; Shaerer, Ramirez, Lopez, Rivas e Fretes.
Técnico: Manuel Fleitas Solich

Data: 29 de outubro de 1922
Competição: Taça Rodrigues Alves
Local: Campo da Floresta, em São Paulo
Árbitro: Francisco Abreu Balcó

Por Raoni David
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On the last game of 1922, another title for Brazil

Just seven days after winnign two titles, as shown on the 22nd, The Seleção had another crwon on the line as they faced again Paraguay for the Rodrigues Alves Cup.

If the Cup was not that important, Rodrigues Alves was a President of Brazil in the early years of the 1900’s, the win consolidated a generation of Brazil’s best players. Without the hype of these days, Brazil managed to win a third title in a week with a different team from the prevois two. The staff called off for this game only six players that were on the field in São Paulo or Rio one week before.

From the team that played in Rio and won the South American Championship they called off the defender Palamone and the forward Neco. From the Copa Roca team came the goalie Mesquita, left midfielder Nesi, rigth winger Zezé and striker Gambarotta.

The new faces were back Alexy, rigth midfielder Alfredinho, midfielder Xingô, striker Imparatinho and left winger Martinelli. An amazing range of seven clubs represented in that game.

Gamarotta showed again his credentials scoring first, but Imparatinho went on to score twice to seal Brazil’s win. Rivas, who happens to be the biggest Paraguayan scorer against Brazil to the date with four goals, scored one in that game.

The Paraguayan squad in the other hand, was similar to that one Brazilwon one week before. Fleitas Solich was their main player and coach. He later came to Brazil, and on the bench of Flamengo he managed 504 games.

Brazil 3 x 1 Paraguay

Brazil
Mesquita [Portuguesa]; Palamone [Botafogo] and Alexy [AA Palmeiras]; Alfredinho [Botafogo], Xingô [Pelotas] and Nesi [São Cristóvão]; Zezé I [Fluminense], Neco [Corinthians], Gambarotta [Corinthians], Imparatinho [Palestra Itália] and Martinelli [Palestra Itália].
Coach: Staff

Paraguay
Denis; Mena and Paredes; Mirandas, Fleitas Solich and Benitez; Shaerer, Ramirez, Lopez, Rivas and Fretes.
Coach: Manuel Fleitas Solich

Date: 29th October 1922
Competition: Rodrigues Alves Cup
Place: Floresta Field, São Paulo
Referee: Francisco Abreu Balcó

Tradução de Fabricio Presilli

Brasil conquista duas taças no mesmo dia!

É famosa a história de que o expressinho do São Paulo, no começo da década de 90, sob o comando de Telê Santana jogou duas partidas por competições diferentes num mesmo dia. O que pouca gente sabe é que este fato curioso já aconteceu com a Seleção Brasileira, em 22 de outubro de 1922.

E não foram quaisquer adversários, e nem jogos sem relevância. Para decidir o Campeonato Sul Americano, que mais tarde seria chamado de Copa América, fez-se necessário um jogo desempate contra os paraguaios. No mesmo dia, haveria a disputa da Copa Roca, contra os argentinos.

A seleção que já estava na disputa da Copa América disputada no estádio das Laranjeiras no Rio de Janeiro e que pode ser considerada a principal, ou a que contava com os melhores jogadores da época, seguiu na disputa e não decepcionou ao vencer o Paraguai por 3 a 0.

A base do time era paulista, com sete jogadores contra quatro dos cariocas. Formiga do Paulistano marcou duas vezes, e Neco do Corinthians uma, decretando a vitória brasileira, e o segundo título da competição na história.

E o que fazer com a disputa da tradicional Copa Roca, contra os argentinos, marcada para acontecer em São Paulo, no estádio Parque Antártica? A confederação, à época a CBD, convocou um segundo time, em que os paulistas novamente eram maioria. Apenas dois jogadores eram cariocas. Vale lembrar que no histórico dos confrontos entre os países havíamos perdido quatro e vencido três jogos, em nove disputados.

Aliás, a última vitória brasileira havia sido há sete dias, pela Copa América, por 2 a 0. O Brasil jogou com o time que derrotou o Paraguai e foi campeão, e a Argentina era praticamente a mesma que jogaria também a Copa Roca, uma vez que já estavam em solo brasileiro.

Pois não é que o time ‘B’ do Brasil venceu. E os visitantes ainda saíram na frente. Porém, Gambarotta, mais um corintiano, marcou duas vezes e o Brasil venceu por 2 a 1.

Confira abaixo, as duas fichas-técnicas.

Campeonato Sul Americano: Brasil 3 x 0 Paraguai

Brasil
Kuntz [Flamengo];Palamone [Botafogo] e Bartô II [AA São Bento-SP]; Laís [Fluminense], Amílcar [Corinthians] e Fortes [Fluminense]; Formiga [Paulistano], Neco [Corinthians], Heitor Domingues [Palestra Itália], Tatu [Corinthians] e Rodrigues I [Corinthians]
Técnico: Comissão

Paraguai
Denis; Gonzalez e Paredes; Miranda, Fleitas Solich e Benitez; Schaere, Capdeville, Lopez, Rivas e Prates
Técnico: Manuel Fleitas Solich

Data: 22 de outubro de 1922
Competição: Campeonato Sul Americano
Local: Estádio das Laranjeiras, no Rio de Janeiro
Árbitro: Servando Perez

Copa Roca: Brasil 2 x 1 Argentina

Brasil
Mesquita [Portuguesa]; Grané [Ypiranga-SP] e Clodô [Paulistano]; Abatte [Paulistano], Faragassi [Ypiranga-SP] e Nesi [São Cristóvão]; Leite de Castro [Botafogo] (Brasileiro) [Minas Gerais-SP], Zezé I [Fluminense], Gambarotta [Corinthians], Tepet [Ypiranga-SP] e Osses [Ypiranga-SP]
Técnico: Comissão

Argentina
Tesorieri; Celli e Castaldi; Chabrolin, Médici e Solari; Rivet, Chiesa, Gaslini, Francia e Cesari.

Data: 22 de outubro de 1922
Competição: Copa Roca
Local: Parque Antártica, em São Paulo
Árbitro: Antônio Carneiro de Campos

Por Raoni David
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Brazil wins two titles in the same day!

There is a famous true tale in brazilian football that remembers a day back in the early 90’s when São Paulo played twice in the same day, a game for a local tournament and another for a continental one. What many people don’t know is that the Seleção also had two games in the same day, back in 1922.

And those games were valid for titles. In the final match of the South American Championship Brazil had to face Paraguay in Rio, and for the Copa Roca a game against Argentina in São Paulo.

The Seleção was already in Rio for the South American Championship, all the games were played in the Laranjeiras Field. This team beated Paraguay 3 to 0 with a great performance from Formiga and Neco, two of the majority of players that had contracts with São Paulo clubs back then.

And what about the other match in São Paulo? The Brazilian FA (at that time called CBD), called off a “second” team, mainly from players of the São Paulo league, just two guys that played in the second game were from Rio.

After just seven days of their last meeting, a 2 to 0 Brazilian win valid for the South American Championship, Brazil won again 2 to 1, with two goals from Gambarotta.

South American Championship: Brazil 3 x 0 Paraguay

Brazil
Kuntz [Flamengo];Palamone [Botafogo] and Bartô II [AA São Bento]; Laís [Fluminense], Amílcar [Corinthians] and Fortes [Fluminense]; Formiga [Paulistano], Neco [Corinthians], Heitor Domingues [Palestra Itália], Tatu [Corinthians] and Rodrigues I [Corinthians]
Coach: Staff

Paraguay
Denis; Gonzalez and Paredes; Miranda, Fleitas Solich and Benitez; Schaere, Capdeville, Lopez, Rivas and Prates
Coach: Manuel Fleitas Solich

Date: 22nd October 1922
Competition: South American Championship
Place: Laranjeiras Field, Rio de Janeiro
Referee: Servando Perez

Copa Roca: Brazil 2 x 1 Argentina

Brasil
Mesquita [Portuguesa]; Grané [Ypiranga] and Clodô [Paulistano]; Abatte [Paulistano], Faragassi [Ypiranga] and Nesi [São Cristóvão]; Leite de Castro [Botafogo] (Brasileiro) [Minas Gerais], Zezé I [Fluminense], Gambarotta [Corinthians], Tepet [Ypiranga] and Osses [Ypiranga]
Coach: Staff

Argentina
Tesorieri; Celli and Castaldi; Chabrolin, Médici and Solari; Rivet, Chiesa, Gaslini, Francia and Cesari.

Date: 22nd October 1922
Competition: Copa Roca
Place: Parque Antártica Stadium, São Paulo
Referee: Antônio Carneiro de Campos

Tradução de Fabricio Presilli

Para vencer a Copa América, vitória sobre os então algozes

Títulos ainda não eram uma rotina da Seleção Brasileira, quando em 15 de outubro de 1922 enfrentou a rival Argentina pela semifinal do Campeonato Sul Americano, o embrião, ou o começo do que seria consagrado como Copa América.

Naquela época, até os confrontos com os argentinos não eram comuns. A primeira vez que se enfrentaram foi em 1914, com uma goleada dos ‘hermanos’, por 3 a 0. Esta partida de 1922 era apenas a nona da história entre as seleções e até então a vantagem era argentina, com quatro vitórias, dois empates e duas derrotas.

Atualmente a vantagem é brasileira, com 37 vitórias e 33 derrotas. E o curioso é que o Brasil teve vantagem no número de vitórias sobre a Argentina pela primeira vez somente em 1995.

Por isso essa vitória por 2 a 0, que credenciava o time brasileiro para a disputa da decisão da competição contra o Paraguai, pode ser considerado muito importante. Ainda mais porque um ano antes, as equipes se enfrentaram em um quadrangular que decidia a competição e com a vitória sobre o Brasil, a Argentina ficou com o título. Mas desta vez não, e graças a dois corintianos. No estádio das Laranjeiras o avançado Neco inaugurou o placar ainda na primeira etapa, mas no fim, aos 42 minutos. Também no fim, mas da segunda etapa, o médio e capitão Amílcar Barbuy decretou a vitória brasileira. Uma espécie de vingança do ano anterior.

O time brasileiro que tinha como homem central do seu comitê técnico o senhor Ferreira Vianna Netto, além de Célio de Barros, que atualmente nomeia o Estádio de Atletismo no Complexo do Maracanã, ainda contava em sua fileira com ícones dos primórdios do futebol brasileiro, como o palestrino Heitor Domingues e Laís, médio do Fluminense.

A curiosidade fica por conta da grande mudança de jogadores sofrida pela seleção em cerca de um ano. Dos que foram derrotados contra a Argentina no ano anterior, apenas o goleiro flamenguista Kuntz, e o médio direito Laís seguiram na equipe. Toda essa mudança se deu mesmo com a manutenção da comissão técnica. De toda forma, as modificações surtiram efeito, tanto que diante do Paraguai, o Brasil conquistaria a sua segunda Copa América da história.

Ficha técnica: Brasil 2×0 Argentina

Brasil
Kuntz [Flamengo]; Palamone [Botafogo] e Bartô II [A. A. São Bento-SP]; Laís [Fluminense], Amílcar Barbuy [Corinthians] e Fortes [Fluminense]; Formiga [Paulistano], Neco [Corinthians], Heitor Domingues [Palestra Itália], Tatu [Corinthians] e Rodrigues I [Corinthians]
Técnico: Ferreira Vianna Netto

Argentina
Américo Tesorieri; Celli e Sarasibar; Chabrolin, Médici e Solari; Gaslini, Libonatti, Chiessa, Francia e Rivet
Técnico: Américo Tesorieri

Data: 15 de outubro de 1922
Competição: Campeonato Sul Americano
Local: Estádio das Laranjeiras, no Rio de Janeiro
Árbitro: Francisco Andreu Balcó

Por Raoni David
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A win over Argentina to triumph the South American Championship

At a time when the Seleção was not used to win titles all the time, the Brazilian team faced Argentina for the semis of the South American Championship, the first steps of what we know now as Copa América.

At that time even matches against rivals Argentinians were not as common as these days. The one in 1922 was only the ninth in history, by then Argentina was on advantage at the head-to-head confrontation with four wins, two ties and two losses. Nowadays this advantage is Brazilian, with 37 wins and 33 defeats, the first time Brazil passed the Argentinian wins as only in 1995.

This 2 to 0 victory is so important not only because it was agains Argentina, after that win Brazil had to face Paraguay in a final match to decide whose would keep the trophy. Even more importance should you consider that one year before Brazil faced Argentina and lost at hoem in Rio. This time the players from Corinthians led the way, Neco scored the first goal and team captain Amílcar Barbuy doubled it to seal Brazil’s win.

A key figure in Brazil squad was Ferreira Vianna Netto, the coach of the team, and Célio de Barros, that gave his name to the track and field complex in Maracanã. Other notables were Heitor Domingues and Laís.

A major change in the squad took place over only one year, just the keeper Kuntz and the midfielder Laís were in the team in 1921. The change proved rigth because not only Brazil got a win this time over Argentina, they won the final match against the Paraguayans as well, to get their second continental trophy.

Brazil 2×0 Argentina

Brazil
Kuntz [Flamengo]; Palamone [Botafogo] and Bartô II [A. A. São Bento-SP]; Laís [Fluminense], Amílcar Barbuy [Corinthians] and Fortes [Fluminense]; Formiga [Paulistano], Neco [Corinthians], Heitor Domingues [Palestra Itália], Tatu [Corinthians] and Rodrigues I [Corinthians]
Coach: Ferreira Vianna Netto

Argentina
Américo Tesorieri; Celli and Sarasibar; Chabrolin, Médici and Solari; Gaslini, Libonatti, Chiessa, Francia and Rivet
Coach: Américo Tesorieri

Date: 15th October 1922
Competition: South American Championship
Place: Laranjeiras Stadium, Rio de Janeiro
Referee: Francisco Andreu Balcó

Tradução de Fabricio Presilli

Com show de paulistas, primeira goleada em freguês

O Brasil não foi o campeão do Campeonato Sul Americano de 1917, o embrião da Copa América. Mas no dia 12 de outubro daquela temporada, a seleção brasileira, que jogou curiosamente com um uniforme vermelho, faria história ao aplicar a primeira de muitas goleadas sobre um contumaz freguês: o Chile, que levou de 5 a 0.

Essa era apenas a segunda partida entre as seleções. Na primeira, em 1916, empate por 1 a 1. Brasil e Chile já não tinham mais chances de título, que ficou com o anfitrião Uruguai e se enfrentaram sem responsabilidades, portanto. Pior para o Chile…

O Brasil não estava para brincadeira, e especialmente os representantes paulistas que eram a maioria. Logo aos 15 minutos, Caetano, do Palestra Itália, abriu o placar. Sete minutos mais tarde, o corintiano Neco ampliou. Estava fácil, e aos 29 foi a vez do santista Haroldo ampliar.

Já no finalzinho da primeira etapa, outro representante corintiano, Amílcar Barbuy, de cabeça balançou a rede novamente. O massacre do primeiro tempo se confirmou no segundo, porém, menos do que poderia ter sido. Aos 15 da segunda etapa, Haroldo fechou o placar em 5 a 0.

Outra curiosidade fica por conta do banco de reservas. Não existia ainda, a figura do técnico no Brasil. A seleção era comandada por uma comissão. Nesta competição formavam o comitê brasileiro os senhores, Joaquim de Souza Ribeiro (ex-jogador), Banedicto Montenegro (médico), Mário Sérgio Cardim (jornalista) e o capitão da seleção na ocasião, Sylvio Lagreca.

A partida que pouco valia dentro da competição deu início a uma longeva freguesia chilena. Tanto que a primeira derrota brasileira da história só aconteceu em 1956, e foi um sonoro 4 a 1, também pela Copa América. No total foram 65 jogos, com 47 vitórias brasileiras, 12 empates, e apenas sete vitórias chilenas. Outras tantas goleadas aconteceram e o Brasil marcou 152 gols, e ostenta uma média de 2,33 gols por partida. O Chile fez apenas 55 gols.

Ficha técnica: Brasil 5×0 Chile

Brasil
Casemiro [Mackenzie College]; Vidal [Fluminense] e Chico Netto [Fluminense]; Dias [A.A. São Bento-SP], Lagreca [A.A. São Bento-SP] e Galo [Flamengo]; Caetano [Palestra Itália], Amílcar Barbuy [Corinthians], Haroldo [Santos], Neco [Corinthians] e Arnaldo [Santos]
Técnico: Comissão técnica.

Chile
Guerrero; Gatica e Cárdenas; Guevara, Alvarado e Garcia; Rojas, Bolado, H. Muñoz, B. Muñoz e Paredes

Data: 12 de outubro de 1917
Competição: Campeonato Sul Americano (Copa América)
Local: Estádio Parque Central, em Montevidéu, no Uruguai
Árbitro: Ricardo Villariño
Público: 12 mil pagantes

Por Raoni David

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Brazil’s first big win against a regular opponent

Brazil didn’t win the south American Championship in 1917, this competition later would the first step to develop the Copa América as we know now. But on October 12th that year Brazil wore read shirts and got their first big win against Chile.

That was their second meeting, the first one took place in 1916 and was a tie 1 to 1, both teams couldn’t win the title anymore in 1917, that eventually stayed home with the Uruguayans.

With the majority of its players coming from São Paulo Brazil scored the first goal with fifteen minutes into the game, Caetano was the scorer, Neco doubled up seven minutes later and Haroldo got the third before the clock got to 30 minutes.

At the end of the first half Amílcar headed right to the net. With an astonishing advantage in the first period the Brazilians relaxed in the second half and scored just one more goal with Haroldo.

At that time there wasn’t yet the coach as we know now in sports, the team was managed by a group of people, the Brazilian “coaches” were Joaquim de Souza Ribeiro (former player), Banedicto Montenegro (doctor), Mário Sérgio Cardim (journalist) and the team’s captain Sylvio Lagreca.

Brazilians and Chileans faced each other a total of 65 times, and Brazil managed to get 47 wins and the Chileans only 7, the 12 other games finished tied. The 152 goals scored in those 65 games make Chile one rival Brazilians really like to play, and win.

Brazil 5×0 Chile

Brazil
Casemiro [Mackenzie College]; Vidal [Fluminense] and Chico Netto [Fluminense]; Dias [A.A. São Bento], Lagreca [A.A. São Bento] and Galo [Flamengo]; Caetano [Palestra Itália], Amílcar Barbuy [Corinthians], Haroldo [Santos], Neco [Corinthians] and Arnaldo [Santos]

Chile
Guerrero; Gatica and Cárdenas; Guevara, Alvarado and Garcia; Rojas, Bolado, H. Muñoz, B. Muñoz and Paredes

Date: 12th October 1917
Competition: South American Championship (Copa América)
Place: Parque Central Stadium, Montevideo, Uruguay
Referee: Ricardo Villariño
Attendance: 12.000.

Tradução de Fabricio Presilli